domingo

DOZE DISCÍPULOS DE NELSON MANDELA

Um dos filmes mais celebrados na II ESPELHO ATLÂNTICO foi "Doze Discípulos de Nelson Mandela" (Twelve disciples of Nelson Mandela), de Thomas Allen Harris.

O filme mostra o encontro de 12 amigos que deixaram a cidade de Bloemfontein nos anos 60, para montar o Congresso Nacional Africano com Nelson Mandela.Um deles vai para os Estados Unidos e, mais tarde, torna-se o padastro do diretor. Com entrevistas, material de arquivo e reconstituições dramáticas, Thomas relaciona de forma extremamente poética sua história de vida pessoal com com um dos fatos mais importantes do século XX - a luta contra o Apartheid na África do Sul.
Em breve, o filme será novamente exibido no Brasil. Por enquanto, você pode assistir ao trailler abaixo:


 

quarta-feira

Vem aí a III ESPELHO ATLÂNTICO


Acabei de ver o resultado do Edital de Ocupação da Caixa Cultural, e a III ESPELHO ATLÂNTICO - Mostra de Cinema da África e da Diáspora foi aprovada!

A III ESPELHO ATLÂNTICO está confirmada no Rio de Janeiro, no Espaço Caixa Cultural, de 11 a 16 de maio de 2010. Agora, estou articulando a itinerância para outras cidades (como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre), e em breve vocês terão novidades.

Para a próxima edição estou selecionando filmes interessantíssimos do continente africano, europeu e  da América, de cá e de lá, com destaque para os filmes americanos (de lá). Do Brasil, um dos filmes já confirmados é Darluz (foto acima), de Leandro Goddinho, com a m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a Mawusi Tulani (atriz da Cia. Os Crespos).

Vídeo "RODA O TERERÉ" chega às cidades de Mato Grosso do Sul


Um dos trabalhos que realizei este ano foi o vídeo-documentário "Roda o Tereré", para o IPHAN-MS, e que faz parte do Inventário Nacional de referência Cultural da Região do Erval Sul-mato-grossense.

Graças à esta pesquisa, mergulhei fundo no patrimônio imaterial do Mato Grosso do Sul, principalmente no que se refere ao uso da erva-mate, suas origens e seus costumes. O ponto alto do vídeo é a cerimônia do Caa (nome indígena guarani da erva-mate), na aldeia guarani de Panamby. A erva-mate é sagrada para o povo Guarani Kayowá, e eles tem muito respeito a Caati (a mãe-erva). Onde encontramos o uso da erva-mate, em forma de tereré ou chimarrão, podemos atestar a presença da cultura guarani desde a era pré-colonial: nos estados brasileiros de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e na Argentina, Paraguai e Uruguai.

Uma das coincidências dessa ação, é que o Balaio do Patrimônio começa justamente por Bela Vista, primeira cidade do Mato Grosso do Sul que conheci, nos idos de 1994, na produção do filme "Os Matadores", de Beto Brant - também o primeiro longa-metragem que participei, e o primeiro tereré da minha vida! Já estava na faculdade de História, e confesso que me interessava mais pelas peculiaridades culturais da região do que pela dramaturgia do filme. Fiquei fascinada com aquele ritual de passar a cuia, feita num chifre de boi, de mão em mão, de boca em boca, em qualquer casa que fôssemos visitar - momento em que tudo pára, hora de contar um "causo", de falar mansamente sobre a vida, de compartilhar a vida. Àquela época, nem de longe, poderia imaginar que um dia faria um documentário sobre a erva-mate...
Como diz a música de abertura do documentário, do poeta Emmanuel Marinho:

"Esta erva boa de tomar Chique na xícara se chama chá Em outras terras é té ou tea Na cuia ali no mar de Xaraés É tereré, é tereré."

E roda o tereré!

Leia abaixo a íntegra da notícia sobre a distribuição do vídeo:

Balaio do Patrimônio acontece em Mato Grosso do Sul


27/11/2009

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Mato Grosso do Sul - Iphan-MS realizará de 30 de novembro a 18 de dezembro o projeto Balaio do Patrimônio.

O Projeto consiste na entrega de sessenta kits de material publicado e editado pelo Iphan Nacional sobre Patrimônio Imaterial, que serão destinados às entidades culturais e educacionais dos municípios de: Campo Grande, Corumbá, Bela Vista, Ponta Porã e Coxim.

O Projeto intitulado Balaio do Patrimônio Cultural tem por objetivo promover a integração entre os mais diversos setores da produção cultural brasileira, através de suas manifestações artísticas e culturais, com enfoque específico no patrimônio imaterial. Em um país de dimensões continentais a riqueza de suas manifestações artísticas e culturais não pode ficar estática dentro de seus locais de origem, necessitando desta forma, da circulação dinâmica entre as diferentes regiões do país. Dentre os diversos títulos brasileiros que fazem parte do pacote, está a publicação sobre nossa viola de cocho pantaneira e o vídeo documentário "Roda o Tereré". Este, produto resultante do Inventário Nacional de referência Cultural da Região do Erval Sul-mato-grossense.

As prefeituras de cada município determinarão quais são as Instituições que irão receber os kits, para colocá-los à disposição da população para consultas e estudos, envolvendo, assim, as Bibliotecas Públicas, Secretarias de Educação e Cultura, Arquivos Históricos e do Patrimônio, Universidades, Fundações de Cultura, Academias de Letras e outras.

Durante a solenidade será exibido o vídeo documentário "Roda o Tereré" e haverá uma apresentação cultural regional do Grupo Camalote, que é Ponto de Cultura pelo Iphan-MS.

O Projeto também funcionará em outras cidades, confira:

Dia 30 de novembro - BELA VISTA
Horário: 14h Local: Cine São José

Dia 01 de dezembro - PONTA PORÃ
Horário: 10h Local: Escola MAPPE

Dia 05 de dezembro - COXIM
Horário: 10:00 Local: A definir

Dia 07 de dezembro - CAMPO GRANDE
Horário: 19:30h Local: Morada dos Baís

Dia 18 de dezembro – CORUMBÁ
Horário: 19:30h Local: Centro de Convenções Miguel Goméz.

sábado

Curta de Animação - UM LUGAR COMUM



Sensível curta de animação, realizado por queridos alunos egressos da UFSCar, que tive a honra de participar na produção executiva (leia-se: ajudar a superar a burocracia do Forcine).
Sinopse: Em "um lugar comum", como em qualquer praça ou parque, a extrovertida Marina e o desajeitado Zezé se conhecem e juntos plantam uma bela árvore, que torna-se o símbolo de sua amizade.
Equipe:

Direção: Jonas Brandão
Roteiro: Jonas Brandão e Thiago Minamisawa
Produção: Thiago Minamisawa
Produção Executiva: Lilian Solá Santiago e Thiago Minamisawa
Animação: Diogo Fujiwara, Elisa Carareto, Felipe Calixtre, Jonas Brandão e Mateus Rios
Animações extra: Anderson Petroni, Fádhia Salomão, Paulo Montanaro, TiagoMAL e Thiago Rigolino.
Personagens e cenários: Anderson Petroni, Elisa Carareto, Jonas Brandão e Mateus Rios
Edição: Analucia Godoi, Jonas Brandão, TiagoMAL
Storyboard e Animatic: Anderson Petroni, Diogo Fujiwara e Jonas Brandão
Música: Duda Larson
Supervisão de som: Ana Luiza Pereira
Edição de som: Ana Luiza Pereira, Luiz Godoy e Priscila Almeida
Foley: Guta Roim
Mixagem: Estúdios Mega
Assistência de produção: Gláucia Blangis e Maurício Zattoni
Assistência de som: Chicão Gaspar e Mariana Bagliotti
Site e divulgação: Laura Teixeira
Créditos, DVD e gráficos: Paula Carlos e Thiago Rigolino


sexta-feira

VIVA O DIA 20 DE NOVEMBRO

Video da Campanha da ONU contra o estigma e o preconceito no Brasil

"Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento. Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.

Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.

Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial!”

Quando tudo aconteceu...

1600: Negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de açúcar de Pernambuco, fundam na serra da Barriga o quilombo de Palmares; a população não pára de aumentar, chegarão a ser 30 mil; para os escravos, Palmares é a Terra da Promissão. - 1630: Os holandeses invadem o Nordeste brasileiro. - 1644: Tal como antes falharam os portugueses, os holandeses falham a tentativa de aniquilar o quilombo de Palmares. - 1654: Os portugueses expulsam os holandeses do Nordeste brasileiro. - 1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares - 1662 (?): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados e dado ao padre António Melo; será baptizado com o nome de Francisco, irá ajudar à missa e estudar português e latim. - 1670: Zumbi foge, regressa a Palmares. - 1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. - 1678: A Pedro de Almeida, Governador da capitania de Pernambuco, mais interessa a submissão do que a destruição de Palmares; ao chefe Ganga Zumba propõe a paz e a alforria para todos os quilombolas; Ganga Zumba aceita; Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. - 1680: Zumbi impera em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. - 1694: Apoiados pela artilharia, Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares; embora ferido, Zumbi consegue fugir. - 1695, 20 de Novembro: Denunciado por um antigo companheiro, Zumbi é localizado, preso e degolado.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/seppir/20_novembro/apres.htm

domingo

ESPELHO ATLÂNTICO - THE END!


Acabou de acabar a Mostra de Cinema da África e da Diáspora ESPELHO ATLÂNTICO, em São Paulo.

Agradeço ao público que esteve presente nesses dias, prestigiando a seleção de filmes africanos, brasileiros e europeus que fiz com tanto carinho e dedicação. Gente que, como eu, anseia por mais imagens e histórias de negros nas telas! Valeu! Para chegar até este público, agradeço ao apoio da ESTIMATIVA na comunicação.

Agradeço à Matilha Cultural, e sua equipe, que abriu suas charmosas portas para esse evento. A Matilha é um espaço bonito, aconchegante e que nos recebeu de braços abertos, bem no coração de São Paulo.

Agradeço ao patrocinador da ESPELHO ATLÂNTICO no Rio de Janeiro, Caixa Econômica Federal (Caixa Cultural) que, patrocinando as duas primeiras versões da Mostra, possibilitou o acesso à essa cinematografia.

Agradeço ao Claudio Bueno, nosso querido e talentoso designer, que cedeu sua criação para a sessão São Paulo. Agradeço à Simone Soul e Marina Uehara, pela apresentação da linda performance CORES DA PERCUSSÃO na abertuda do evento.

Agradeço aos facilitadores, que ajudaram com seus valorosos contatos. E por último, mas não menos importante, agradeço aos realizadores e produtores que cederam graciosamente seus preciosos trabalhos para que pudéssemos promover exibições gratuítas durante toda essa semana - sem a generosidade deles essa mostra não poderia ter ocorrido. Abaixo, segue a lista de produtoras, realizadores e facilitadores:

Produtoras:
Brava Florida - Cabo Verde
David & Golias -
Portugal (Fernando Vendrell)
Filmes do Tejo - Portugal
Neon Rouge Production - Bélgica (Aurélien Bordinaux)
Paris-Barcelone Films - França

Realizadores:
Ana Ramos Lisboa (Cabo Verde, meu amor)
André Lavaquial (O som e o resto)
Ariel de Bigault (Cariocas)
Júlio Alves (Ossudo)
Katy Lena Ndiaye (Esperando os homens)
Leandro Goddinho (Maria sem Graça)
Margarida Cardoso (Kuxa Kanema)
Marianna Monteiro (co-diretora de Balé de Pé no Chão)
Sabrina Fidalgo (Black Berlim)
Zezé Gamboa (O Herói)

Facilitadores:
New York African Film Festival (Mahen Bonetti) - USA
Dockanema (Marta Lança e Pedro Pimenta) - Moçambique


Um abração a todos!

Assista abaixo, vídeo-crônica feita pela equipe da Matilha Cultural na abertura da Mostra, dia 10/11/09:

Eita mundo véio sem porteira!


Adorei esse mapa! Lembra-me um mais atualizado, que vi há algum tempo, acho que era publicado na Austrália, e este país aparecia no centro. Quem falou que o norte é em cima e o sul embaixo?

Estas convenções históricas, na verdade, escondem preconceitos há muito arraigados, eurocentrismo, subjugação de culturas e mais um monte de etcéteras.

Que tal ver as coisas de outro ponto de vista?

Sobre este mapa:

Colaboração: Roberto Abreu (Presidente da Casa da Memória de Vila Velha)

O mapa-mundi do veneziano Jerônimo Marini, de 1512, é a primeira carta onde aparece o nome Brasil para designar as terras até então conhecidas como de Vera Cruz, Santa Cruz, dos papagaios ou "del brazille".

Desenhado em pergaminho, é um dos poucos mapas manuscritos do início do século XVI hoje existentes.

Está de cabeça para baixo (?), pois, por influência dos costumes árabes, ele é orientado pelo sul.

A Palestina, onde há um presépio, é colocada no centro da Terra, conforme a tradição medieval.

O mapa apresenta defeitos da época, como a representação errada da Inglaterra.

Por outro lado, é inovador quanto à colocação mais exata da Escandinávia e da península de Malaca.

A obra de Marini, cujo original está na Libreria Antiquari Pio Luzzeti, em Roma, é de grande importância na história geral da cartografia, pois documenta uma concepção veneziana do mundo que estava sendo descoberto.

O Equador, embora passando ao sul de Gibraltar, corta o Mediterrâneo, ainda considerado, como na Idade Média, o eixo das terras habitadas.

É também característica veneziana a presença maciça das regiões asiáticas, pólo de atração da época.

Da América vê-se apenas a costa oriental, com destaque para o Brasil.

Em torno do mapa estão alegorias representando o Sol,a Lua, as estrelas e os ventos.

Nos extremos oriental e ocidental, duas esfinges simbolizam os mistérios do mundo, que só mais tarde Fernão de Magalhães decifraria.

Fonte:

sábado

ÚLTIMOS DIAS DA MOSTRA "ESPELHO ATLÂNTICO" EM SÃO PAULO

Foto Divulgação "Black Berlim"

SESSÕES GRATUÍTAS ÀS 19:00h.

ESPAÇO MATILHA CULTURAL
R. Rego Freitas 542 (quase esquina com a R. da Consolação) - São Paulo - Brasil
fone: +55 11 3256.2636
contato@matilhacultural.com.br


HOJE:
14/11 – sábado

Maria sem graça (ficção)
Leandro Godinho ( Brasil, 2007, 14min.)
Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, atormenta a vida de sua mãe para alcançar seu maior sonho: ser a apresentadora Xuxa Meneghel. Uma curiosidade é a cantora Fabiana Cozza no elenco. Prêmio especial do Júri, 12nd Fest. Inter. de Cortometraje da Universidad Europea de Madrid, Madrid, 2007 / Menção Honrosa, Festival ENTRETODOS 2007.

Cabo Verde, meu amor (ficção)
Ana Lisboa (Portugal/ França/ Cabo Verde, 2007, 76 min.)
A condição feminina em Cabo Verde na atualidade é o foco principal deste primeiro longa metragem da cineasta Ana Lisboa. Falado em crioulo cabo-verdiano, foi totalmente rodado na Cidade da Praia com um vasto elenco de atores amadores. Primeiro filme realizado e produzido em Cabo Verde, por cabo-verdianos.

AMANHÃ:

15/11 – domingo

ESTRÉIA!!!!
Black Berlim
(ficção)
Sabrina Fidalgo (Alemanha / Brasil, 2009, 15 min.)
Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em Berlim. Na capital alemã, leva uma vida muito distante de suas verdadeiras raízes. Porém tudo muda quando ele frequentemente passa a encontrar Maria, uma imigrante ilegal do Senegal. Apesar de ignora-la ele começa a ter visões de personagens estereotipados, que o remetem a um passado que ele prefereria esquecer.

O Herói (ficção)
Zezé Gamboa (Angola / França / Portugal, 2004, 97 min.)
Um soldado mutilado na explosão de uma mina volta à Luanda após 20 anos de combates. No elenco o senegalês Makena Diop, as brasileiras Maria Ceiça e Neuza Borges. Premiado no Festival de Sundance (EUA) e no Festival de Cinema Africano de Milão, entre outros.

domingo

ESPELHO ATLÂNTICO - MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA


De10 a 15 de novembro de 2009 (Terça a Domingo)

Exibições gratuítas, sempre às 19:00h.

ESPAÇO MATILHA CULTURAL
R. Rego Freitas 542 - São Paulo - Brasil
fone: +55 11 3256.2636
contato@matilhacultural.com.br

Confira abaixo programação completa e sinopses dos filmes.

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I MOSTRA ESPELHO ATLÂNTICO EM SÃO PAULO

Pela primeira vez o público paulistano terá acesso à Espelho Atlântico - Mostra de cinema da África e da Diáspora, mostra que acontece anualmente desde 2008 no Espaço Caixa Cultural - Rio de Janeiro. Sua programação destaca o olhar contemporâneo para a realidade africana e de seus descendentes dispersos pelo mundo.

Para as exibições na Matilha Cultural, no mês da consciência negra, teremos a estréia de "Black Berlim"e a seleção de alguns dos melhores filmes exibidos na mostra nestes dois últimos anos.

"Black Berlim” de Sabrina Fidalgo, trata de forma divertida a relação de um jovem brasileiro na capital alemã, dividido entre as benesses do primeiro mundo e as lembranças do passado em seu próprio país. Da seleção de filmes brasileiros também teremos “Maria sem Graça”, de Leandro Godinho, que traz no elenco principal a sambista paulista Fabiana Cozza interpretando uma tia que tenta dissuadir a sobrinha negra da idéia fixa de se tornar a Xuxa, e "O som e o resto”, de André Lavaquial, único filme brasileiro a participar da sessão Cinéfondation, do Festival de Cannes de 2008.

O olhar estrangeiro sobre a cultura afro-brasileira está bem representado pelo filme “Os Cariocas” de Ariel de Bigault, realizado originalmente para a TV francesa, apresentado pelo saudoso Grande Othelo, e que traz entrevistas com importantes sambistas, além de saborosos números musicais. De Portugal, exibiremos o sensível curta de animação “Ossudo”, de Júlio Alves, baseado no conto “Ossos” de Mia Couto, que fala de amor em condições extremas de desamparo e pobreza.

Dos filmes realizados no continente africano, destacamos “Kuxa Kanema”, um vigoroso retrato da experiência socialista em Moçambique, com imagens inéditas de Samora Machel e outras relíquias do cine-jornal mantido pelo governo durante aquele período. De Angola, exibiremos “O herói”, filme de ficção que retrata os dilemas da reconstrução de um país após décadas de guerra civil, e que conta no elenco principal com as brasileiríssimas atrizes Neusa Borges e Maria Ceiça.

A questão feminina vem principalmente através do olhar de duas cineastas africanas contemporâneas, que trazem diferentes perspectivas sobre a questão de gênero naquele continente. De Cabo Verde, exibiremos as desventuras de um grupo de mulheres, no primeiro filme realizado naquele país por equipe totalmente nacional – “Cabo Verde meu amor”, de Ana Ramos Lisboa. Da Mauritânia vem o belíssimo “Esperando os homens”, documentário da senegalesa Katy Lena Ndiaye, que traz à tona a voz, pouco ouvida, das mulheres que vivem sob a rígida tradição muçulmana, numa sociedade dominada pelos homens.

A curadoria é da cineasta Lilian Solá Santiago, que também exibe dois filmes de curta-metragem na mostra: “Balé de Pé no Chão” (em parceria com Marianna Monteiro, ganhador do Prêmio de Melhor Documentário no I Hollywood Film Festival, 2009), que revela a trajetória de Mercedes Baptista, precursora da dança afro-brasileira; e o doc-ficção “Graffiti”, que traz à tona a questão da criminalização da juventude negra em São Paulo, através da atuação da polícia na revanche aos ataques do PCC em 2006. "Graffiti" será exibido pela primeira vez em 35mm na abertura da mostra.

Programe-se para assisitir aos filmes da mostra “Espelho Atlântico” no Espaço Matilha Cultural

Diversão com reflexão!


PROGRAMAÇÃO E SINOPSES

Dia 10/11 - terça-feira - abertura com coquetel

Graffiti (ficção / documentário)

Lílian Solá Santiago (Brasil, 2008, 10 min.)


São Paulo é a cidade mais grafitada do mundo. "Graffiti" acompanha o rolê solitário de Alê numa das semanas mais sinistras que essa cidade já viveu – dos ataques do PCC, e a violenta revanche da polícia em 2006. O que o move a enfrentar as ruas nessa noite? Ganhador do Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem. Com Sidney Santiago e Chico Santo.

Sessões: 19:30, 20:00, 21:00 e 21:30 horas.

Dia 11/11 – quarta-feira

O som e o resto (ficção)
André Lavaquial (Brasil, 2007, 23min)
Jahir é um virtuoso baterista carioca que toca numa banda evangélica. Ao se indispor com o pastor da igreja, se vê sozinho na rua com seu instrumento e inicia uma jornada existencial rumo à sua música. Participou de importantes festivais internacionais e, em 2008, foi o único curta-metragem brasileiro a conquistar uma vaga do Festival de Cannes, na seção Cinéfondation.

Cariocas (documentário)
Ariel de Bigault (França, 1989, 57 min.)
“Cariocas” mostra diversas facetas do samba no Rio de Janeiro. Grande Otelo, nos guia ao encontro dos grandes músicos da cidade. Realizado originalmente para a TV francesa, conta com importantes depoimentos de Martinho da Vila, Paulo Moura, Velha Guarda da Portela, Nelson Sargento, Wilson Moreira, e Joel Rufino dos Santos.

Dia 12/11 – quinta-feira

Balé de pé no chão (documentário)
Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro (Brasil, 2006, 17 min.)
Documentário sobre Mercedes Baptista, principal precursora da dança afro-brasileira. Bailarina de formação erudita, cria seu grupo na década de 50, e estuda os movimentos do candomblé e das danças folclóricas. Participou de vários festivais nacionais e internacionais e ganhou, entre outros, o Prêmio de Melhor Documentário no I Hollywood Brazilian Film Festival, 2009.

Esperando os homens (documentário)
Katy Lena Ndiaye (Senegal/ Mauritânia/ Bélgica, 2007, 56 min.)
Em Hassania, no abrigo de Oualata, uma cidade vermelha na fronteira distante do deserto de Sahara, três mulheres praticam pintura tradicional decorando as paredes da cidade. Em uma sociedade dominada pela tradição, pela religião e pelos homens, estas mulheres expressam-se livremente, discutindo o relacionamento entre homens e mulheres. Presente em mais de 20 festivais internacionais.

Dia 13/11 – sexta-feira

Ossudo (ficção / animação)
Júlio Alves (Portugal, 2007, 14 min.)
Baseado no conto "Ossos", do famoso escritor moçambicano Mia Couto, este filme é uma história de amor entre duas pessoas desamparadas. Participou de mais de vinte festivais pelo mundo. Recebeu, entre outros, o Troféu de Melhor Filme Português e o Troféu Ouro Animação no 36º Festival Internacional do Algarve.

Kuxa Kanema – O nascimento do cinema (documentário)
Margarida Cardoso (Bélgica / França / Portugal, 2003, 52min.)
O governo Moçambicano cria após a independência, em 1975, o Instituto Nacional de Cinema (INC), pois o presidente, Samora Machel, sabia do poder da imagem para a nação socialista. O filme acompanha a ruína do INC após um incêndio e a desilusão dos moçambicanos com o regime. Vencedor do Festival de Nova York de Filmes Africanos, entre outros.

Dia 14/11 – sábado

Maria sem graça (ficção)
Leandro Godinho ( Brasil, 2007, 14min.)
Maria das Graças, menina negra de 12 anos, moradora da periferia de São Paulo, atormenta a vida de sua mãe para alcançar seu maior sonho: ser a apresentadora Xuxa Meneghel. Uma curiosidade é a cantora Fabiana Cozza no elenco. Prêmio especial do Júri, 12nd Fest. Inter. de Cortometraje da Universidad Europea de Madrid, Madrid, 2007 / Menção Honrosa, Festival ENTRETODOS 2007.

Cabo Verde, meu amor (ficção)
Ana Lisboa (Portugal/ França/ Cabo Verde, 2007, 76 min.)
A condição feminina em Cabo Verde na atualidade é o foco principal deste primeiro longa metragem da cineasta Ana Lisboa. Falado em crioulo cabo-verdiano, foi totalmente rodado na Cidade da Praia com um vasto elenco de atores amadores. Primeiro filme realizado e produzido em Cabo Verde, por cabo-verdianos.

Dia 15/11 – domingo

Black Berlim (ficção)
Sabrina Fidalgo (Alemanha / Brasil, 2009, 15 min.)
Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em Berlim. Na capital alemã, leva uma vida muito distante de suas verdadeiras raízes. Porém tudo muda quando ele frequentemente passa a encontrar Maria, uma imigrante ilegal do Senegal. Apesar de ignora-la ele começa a ter visões de personagens estereotipados, que o remetem a um passado que ele prefereria esquecer. ESTRÉIA!

O Herói (ficção)
Zezé Gamboa (Angola / França / Portugal, 2004, 97 min.)
Um soldado mutilado na explosão de uma mina volta à Luanda após 20 anos de combates. No elenco o senegalês Makena Diop, as brasileiras Maria Ceiça e Neuza Borges. Premiado no Festival de Sundance (EUA) e no Festival de Cinema Africano de Milão, entre outros.

sábado

CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE

Semana Temática :: Africanidades Brasileiras

africa brasil

SEMANA TEMÁTICA: AFRICANIDADES BRASILEIRAS | De 14 a 22/11
Nessa edição o projeto Semanas Temáticas se reporta ao tema das “africanidades brasileiras”, enfatizando um modo próprio de ser, de viver e de se organizar. As inscrições para as atividades deverão ser feitas na recepção do CCJ.

Workshop: Poesia e Identidade Negra | Dia 14, sáb, 15h | Biblioteca
Com Maria Tereza: poeta, dançarina, cantora e arte-educadora, já atuou com textos próprios e encenou poemas de Solano Trindade, Stela do Patrocínio e Hilda Hilst. Como escritora, publicou “Ruídos”, “Negrices em Flor” e “Vermelho”. 20 vagas.

Encontro com a Cineasta Lilian Solá Santiago | Dia 15, dom, 16h | Biblioteca
Nascida na Vila Nova Cachoeirinha, Lilian traz um pouco da sua história como ex-moradora do bairro e fala de seu trabalho atual no cinema. Exibição dos curtas: “Graffiti” e “Balé de Pé no Chão”. 50 vagas.

Manguebeat: Chico Science & Nação Zumbi e os Ritmos da Cultura Popular | Dia 17, ter, 19h | Biblioteca
Autor de “Hibridismos Musicais de Chico Science & Nação Zumbi”, Herom Vargas fala sobre a mistura sonora e conceitual produzida pelo movimento manguebeat nos anos 90. 50 vagas.

Workshop de Construção de Berimbau | Dia 20, sex, 10h | Ateliê
Os participantes construirão seu próprio berimbau e aprenderão a tocar o instrumento. Orientadores: Rodrigo Pança e Fábio Soneca. 10 vagas.

Workshop de Capoeira | Dia 20, sex, 13h | Teatro de Arena
Uma viagem na história do Brasil por meio de pontos da capoeira e do aprendizado de movimentos básicos (ginga, golpes e defesa). Orientador: Mestre Alcides Lima. 30 vagas.

Homenagem a Carlos Assumpção | Dia 20, sex, 16h | Biblioteca
Grande nome da poesia negra brasileira, o escritor participa deste encontro organizado em sua homenagem pelo Coletivo Cultural Poesia na Brasa e o Projeto Espremedor. Apoio: Elo da Corrente, Comunidade Cultural Quilombaque, CICAS e Sarau da Ademar. 100 vagas.

Diálogos com Esmeralda Ortiz | Dia 21, sáb, 17h | Biblioteca
Esmeralda, ex-moradora de rua, é autora dos livros “Esmeralda – Por Que Não Dancei” e “Diário da Rua” e faz parte do projeto Samba na Quebrada que reúne, sempre no último domingo do mês, amigos e sambistas da comunidade de Pirituba. 50 vagas.

Sarau: Memória e Origem | Dia 21, sáb, 19h | Mirante
O sarau começa com a ciranda musical e exposição das atividades do projeto Povo Brasileiro e conta com show do músico Rubi, que gravou a canção “Mar Interior” composta por Maria Tereza (Workshop: Poesia e Identidade Negra, dia 14, no CCJ). Apresentação: Luis Felipe ET Cetera. Convidados: Bruno Pastore; Coletivo POEcine; Regicida.

Vivência Griô | Dia 22, dom, 14h | Área de Convivência
Vivenciar a pedagogia Griô é permitir-se encantar pela nossa ancestralidade e identidade. Os Mestres Alcides de Lima e Durval dos Santos retomam danças e cantigas transmitidas pela tradição oral. A atividade se inicia com um cortejo musical.

Café Cultural: História e Cultura Afro-Brasileira | Dia 22, dom, 16h | Biblioteca
Juliana Ribeiro, co-autora do livro didático “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e pesquisadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil, apresenta um panorama da História da África, estabelecendo o (re)conhecimento dos laços entre África e Brasil. 50 vagas.

CINEMA Saiba mais sobre a Programação Especial do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso para o mês da Consciência Negra em 2009:

CINEMA
http://escuta.estudiolivre.org/2009/10/29/mostra-o-recorte-africabrasil/

SEMANA ÁFRICA E AFRICANIDADES
http://escuta.estudiolivre.org/2009/11/03/semana-tematica-africanidades-brasileiras/


Aos poucos, eu vou voltando pra Cachoeirinha... Tem outros movimentos acontecendo nesse sentido, daqui a pouco eu conto. E só quem me conhece (talvez nem esses) pra saber o que é estar na programação entre a também cachoeirense Tereza, que me lembra não só a minha infância às margens da Lagoa, que hoje é a Av. Inajar de Souza, como o movimento estudantil dos anos 80 (ela estava lá!), o Teatro Oficina no final da década de 90 (ela também estava lá!)... E, em seguida, uma pessoa que fala de/sobre o manguebeat, que representa a conexão Pernambuco-Goiânia que vivi quando fui "para a outa margem do rio" - quando atravessei a ponte, como diria o Ferréz. Nossa, é uma vida em poucas linhas! Nostalgia...

sexta-feira

OFICINAS DE PROJETO E REALIZAÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS

CURSOS COM METODOLOGIA VIVENCIAL:


    • ELABORAÇÃO DE PROJETO AUDIOVISUAL - DA IDÉIA AO PÚBLICO
    • REALIZAÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS

    Próximas turmas previstas (de nov.09 a jun/10):

    São Paulo – SP

    Cachoeira - BA

    Natal - RN

    Santo André - SP


    Informações, programas e inscrições: cursodoc@hotmail.com

GRAFFITI na II Mostra Cooperifa


Leia abaixo comentário do Alessandro Buzo sobre a Mostra e a exibição do curta doc-ficção Graffiti. Entre outros, também foi exibido Profissão MC (52 min), de Alessandro Buzo e Toni Nogueira.

Quinta 22/10/09, foi o dia do cinema na "II Mostra da Cooperifa" que acontece a semana toda na Zona Sul de SP.
Saimos do Bixiga, eu (Buzo), Toni Nogueira, Marilda Borges e Evandro Borges (filho do Buzo e Marilda). Destino CEU Casa Blanca.
Chegamos pouco antes das 14h para assistir todos os filmes e o debate (que o Toni Nogueira, que dirigiu "Profissão MC" comigo, fazia parte).
A Mostra nos mostra que é possível hoje (com muito trabalho), termos uma semana inteira de atividades culturais, feitas de nós, para nós.
Por conta da excelênte programação, vai aqui meus parabéns (de verdade) à Cooperifa, pela ousadia. Da minha parte estou sempre a disposição para somar.


Graffiti (10 min), de Lílian Santiago.
A história por trás de um graffiti. Um rolê com um jovem pela cidade de São Paulo, logo após a série de ataques do crime organizado.
Buzo comenta: Lembro do dia em que a cena da Cooperifa (um personagem interpreta um poeta), uma superprodução, câmera profissional.
Quanto ao resultado, achei um pouco confuso, isso pode ser bom, porque faz pensar.
Quando cai a ficha é um rolê de um jovem, lembrando de um grande amigo morto por engano (inocente), pela polícia, no rivide depois dos ataques do PCC em SP.
Vale a pena ser visto, participação de Sérgio Vaz e Marcio Batista. Como eles mesmos no sarau.

Leia os comentários sobre os outros filmes em:

http://www.cinemanacional.blogger.com.br/

Saiba mais sobre a II Mostra da Cooperifa e conheça o blog do Sérgio Vaz:

http://colecionadordepedras.blogspot.com/2009/07/ii-mostra-cultural-da-cooperifa.html

sábado

GOOD HAIR (CABELO BOM)

Este é um dos filmes de destaque que estou batalhando para trazer para a versão 2010 da Mostra de Cinema da África e da Diáspora “Espelho Atlântico”. GOOD HAIR ganhou o prêmio especial de júri para documentário americano, no Sundance de 2009.

O filme segue o ator Chris Rock na busca por responder à pergunta de sua filha Lola, em prantos: “papai, porque eu não tenho cabelo bom?”(eu mema, quando era pequena, também fiz essa pergunta para os meus pais!). O filme é simplesmente a resposta do comediante à este espinhoso questionamento afro-infantil, através de um documentário divertido e revelador sobre a cultura do cabelo afro-americano.

Aqui no Brasil, um documentário com este tema seria muito impactante, e traria novos pontos de vista. A indústria cosmética nacional (ou nacionalizada) simplesmente ignora cabelos crespos, ou então os “segrega” em linhas ditas populares (mais baratas, portanto menos eficazes). Ai aparecem aquelas meninas lindas com longos cachos brilhosos (que mais parecem modelados a sebo), mulheres que perdem os cabelos por conta de alisamentos sucessivos, ou afirmações do tipo "é tão lindo seu cabelo crespo, mas eu não posso deixar assim porque eu tenho que trabalhar!" (como se eu não trabalhasse!). Eu já soube de dois projetos nesse sentido, mas não sei a quantas anda...


Trailler de GOOD HAIR:



terça-feira

DVD Família Alcântara - compre pela Internet


Site do Filme:

http://www.terrafirmedigital.com.br/famalc/

Compre pela Internet e receba em sua casa o DVD "Família Alcântara":

FNAC

http://www.fnac.com.br/familia-alcantara-dvd--FNAC,,filmes-tv-442814-3076.html

Americanas.com

http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/2423731

2001 Vídeos

http://www.2001video.com.br/detalhes_produto_extra_dvd.asp?produto=16163

Blockbuster Online

http://www.blockbusteronline.com.br/item/2423731/dvd+familia+alcantara/


Sinopse:

Família Alcântara é um encontro íntimo com uma família extensa, cujas origens remetem-se à bacia do Rio Congo, no continente africano. Através de gerações, seguem preservando sua história, mantida por séculos de tradição oral, práticas e costumes tradicionais oriundos da África.
O filme demonstra como fragmentos de memória podem proporcionar conexões históricas e espirituais, tornando-se uma fonte de resistência cultural e identidade para a população afro-descendente.
Edição Especial com vários extras, incluindo depoimentos adicionais. Lançamento comemorativo do dia da Consciência Negra.

Ficha Técnica:

Diretores: Daniel Solá Santiago Lilian Solá Santiago
Ator: Família Alcântara Outros
Nome original: Família Alcântara
Ano produção: 2005
Video: Full Screen 1.33:1
Audio
  • Português: Dolby 2.0
  • Português: Dolby 5.1
  • Sueco: Dolby 2.0
Legenda
  • Português
  • Inglês
  • Espanhol
  • Francês
Duração: 56
Região: 4
Data lançamento: 05/11/2007

Assista aos trailler do filme:


NO MEIO DO RIO, ENTRE AS ÁRVORES


Que nome lindo para um filme!

"No meio do rio, entre as árvores" é um documentário de 70 minutos de Jorge Bodanzki, fruto de uma expedição ao Alto Solimões, que ministrou oficinas de circo, fotografia e vídeo em reservas ambientais, para as comunidades ribeirinhas. O filme é, em grande parte, feito por eles, os 'documentados', a partir da tecnologia recém-apreendida.

Assisti à pré-estréia na "Matilha Cultural", e foi uma aula de documentário. Tive tantas idéias, sobre mim, sobre meu trabalho, sobre o fazer cinematográfico documental - fiquei com um olho na tela e outro no meu caderno de anotações, porque não queria perder nada do que me vinha naquele momento.

Revisitei minha dissertação de mestrado, sobre videotransformação, que é uma técnica de uso do vídeo para empoderamento de pessoas e grupos, criada pela documentarista colombiana Silvia Mejia. Deu uma saudade dela, do tempo que pegávamos a estrada rumo à Sorocaba, para fazer a oficina na Lua Nova, uma organização que trabalha com mães e crianças em situação de risco. Lá eu acompanhava sua oficina e fazia as anotações para minha dissertação. Foi tão difícil para mim, no começo, cheia de idéias de "cinema-produto-festivais-mercado" (afinal, eu venho da produção executiva!). E a Silvia sempre relutando em incorporar sua técnica para "produtos" audiovisuais... Minha dissertação foi parte escrita, parte em vídeo - preciso digitalizar o material (que está em VHS), para postar aqui. Mas nunca consegui trabalhar e divulgar direito a videotransformação, porque afinal faço e ensino as pessoas a realizar produtos! (Atualmente estou "ensaiando", a pedidos, dar uma oficina sobre videotransformação).

Depois dessa experiência, acabei utilizando algumas técnicas em produtos que realizei, sem pensar direito, mais porque "já estava em mim". Principalmente em "Balé de Pé no Chão" , é através do que apre(e)ndi de videotransformação que conseguimos imagens dos alunos da Mercedes dando entrevista coletiva e dançando (eu e a Marianna chamávamos essa cena de "a salinha").

Com este filme do Jorge, percebi que não há nenhum problema ético nisso, muito pelo contrário... É possível proporcionar empoderamento dos entrevistados/participantes e fazer um produto ao mesmo tempo. Nada como um mestre após o outro...

Por enquanto, assista ao trailler de "No meio do rio, entre as árvores" acessando o link abaixo. E aproveite para visitar o site da TV NAVEGAR, um projeto muito bacana, com várias ramificações, onde todos os filmes são dirigidos pelo mestre, Jorge Bodanzki.


http://tvnavegar.com.br/

"ESPELHO ATLÂNTICO" na Matilha Cultural

Frame do filme "Cabo Verde, meu amor"

De 10 a 15 de novembro, farei uma versão da ESPELHO ATLÂNTICO - Mostra de Cinema da África e da Diáspora (que só o Rio de Janeiro teve a oportunidade de assistir) na MATILHA CULTURAL, em São Paulo.

O Espaço "Matilha Cultural" é um achado nessa megalópole paulistana. Em setembro, assisti lá ao filme "Home" de Yann Arthus-Bertrand e à pré-estréia de "No meio do rio, entre as árvores" de Jorge Bodanzki - foram duas "aulas" de documentário, com propostas muito diferentes, ambas maravilhosas.

O coletivo que o toca o define como "um dos únicos espaços que integra sala de cinema com espaço expositivo e sala multiuso, três ambientes permeados com consciência ecológica que acompanham a efervescência e a maturidade da nova produção brasileira."

Junto com a Mostra, estará rolando a expoxição de Ricardo Teles, com imagens da África. Ricardo trabalha nas áreas de documentação e fotojornalismo com enfoque na área de Antropologia Visual.

Assim que tiver a confirmação dos filmes que participarão da versão paulistana 2009 da ESPELHO ATLÂNTICO, colocarei a programação aqui no blog. Mas vocês já podem ir se preparando para assistir a uma seleção de filmes interessantíssimos, que dificilmente terão outra oportunidade de ver e, melhor, GRÁTIS.

ESPAÇO MATILHA CULTURAL
R. Rego Freitas 542 - São Paulo - Brasil
fone: +55 11 3256.2636
contato@matilhacultural.com.br

Saiba mais sobre a MATILHA CULTURAL acessando o vídeo abaixo: